Como migrar do Power BI Premium para o Microsoft Fabric: Guia Técnico em 5 Etapas

A transição do Power BI Premium para o Microsoft Fabric exige mais do que apenas uma atualização de licença. Trata-se de um projeto estratégico de migração de plataforma, com impactos em arquitetura, performance, governança e integração de dados.

Neste artigo, detalhamos as 5 etapas fundamentais para realizar uma migração segura, eficiente e com mínimo impacto operacional.


Etapa 1: Diagnóstico completo do ambiente Power BI Premium atual

Antes de iniciar qualquer migração, é fundamental realizar um inventário detalhado do ambiente existente. Isso inclui:

  • Número de workspaces ativos
  • Volume de datasets e relatórios publicados
  • Políticas de segurança e governança aplicadas
  • Workloads existentes (refresh schedules, storage consumption, etc.)
  • Dependências externas (conexões com fontes de dados, gateways, etc.)

Ferramentas úteis:

  • Power BI Admin Portal
  • APIs de administração do Power BI
  • Microsoft Power BI Deployment Pipelines

Risco de pular esta etapa:
❌ Migração de workloads não mapeados
❌ Perda de integrações críticas
❌ Quebra de processos automatizados


Etapa 2: Análise de workloads e classificação de complexidade

Nem todos os ativos do Power BI Premium precisam ou devem ser migrados imediatamente. Aqui, o ideal é categorizar os workloads em:

  • Workloads Simples: Dashboards e relatórios com fontes padronizadas
  • Workloads Complexos: Modelos com processamento intensivo, múltiplas fontes ou integrações críticas
  • Workloads Dependentes: Que têm forte ligação com pipelines ETL, Dataflows ou arquiteturas externas (Azure SQL, Data Lake etc.)

O que avaliar:

  • Volume de dados
  • Frequência de atualização
  • Complexidade de transformações
  • Integração com outras soluções Azure

Etapa 3: Definição da nova arquitetura no Fabric

Uma das maiores vantagens do Fabric é a possibilidade de redesenhar a arquitetura analítica de forma mais eficiente.

Decisões-chave nesta fase:

  • Como estruturar os dados no OneLake
  • Qual workload utilizar (Data Engineering, Real-Time Analytics, Data Science, etc.)
  • Redesenho dos pipelines de ingestão de dados
  • Definição de permissões e políticas de segurança no novo ambiente

Dica prática:
Criar um projeto piloto com um workload simples antes de fazer a migração em massa.


Etapa 4: Fase de testes e validação

Antes do go-live oficial, recomendamos:

  • Testes de performance: Validar tempos de atualização e renderização de dashboards
  • Testes de integridade: Garantir que os dados migrados são consistentes com os dados originais
  • Testes de segurança: Revisar permissões, RLS (Row-Level Security) e acessos de usuários
  • Testes de carga: Simular picos de uso para validar escalabilidade da capacidade adquirida

Ferramentas úteis:

  • Power BI Performance Analyzer
  • Fabric Monitoring Tools
  • Fabric Capacity Metrics App

Etapa 5: Go-live e otimização contínua

Após validação, é hora de colocar o novo ambiente em produção.

Checklist pré-Go-live:
✅ Comunicação interna com usuários finais
✅ Capacitação das equipes de BI e usuários de negócio
✅ Documentação da nova arquitetura
✅ Monitoramento ativo dos primeiros dias de uso

Pós-migração:

  • Ajustar políticas de governança no Fabric
  • Realizar tuning de performance se necessário
  • Monitorar consumo da capacidade Fabric

Conclusão:

Migrar para o Microsoft Fabric é um projeto que requer planejamento, análise detalhada e execução técnica cuidadosa. Mas com a abordagem certa, os benefícios em performance, governança e escalabilidade são claros.

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